As vozes que ecoam no espaço/tempo são
Quão raiar incandescente da Aurora...
Seja neste presente ou no futuro, como outrora,
A verdade que liberta nascerá na prisão.
Em celas que quatro paredes mofadas:
As manchas de mofo revelam cenas reprimidas,
Sofrimentos e dores vazam pouco a pouco de feridas,
Sempre abertas e ardendo questões inacabadas.
Se há janela - que seja pequena - na solitária prisão,
Revela a grandeza do mundo cabendo em um olhar...
Desperta um sonho de liberdade criando asas para voar,
Embora os vidros riscados e manchados distorçam a visão.
As celas com grades são mais que uma jaula,
Limitam vontades impossibilitando seguir além...
Mesmo esticando os braços - é o limite - nenhum alcance tem,
Transforma a gaiola precária em sala de aula.
Há prisões que são casas, pois há quem tenha medo de ganhar o Mundo,
Sabendo até quantos passos existem entre a porta e o portão...
Sentem-se seguros - mero engano - mergulhados na solidão,
Nãos abem que o medo é livre e procria em seu mais profundo.
Mas a mais incrível das celas é feita de osso e carne!
Também limita, distorce a vista, sofre em dor...
Mas a desejada liberdade só leva ao vôo no desencarne,
Não importando o quanto que da Morte sinta pavor!
Prisões de Shimada Coelho é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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