Entre Tempestades e Bonanças

Tudo neste mundo é uma ilusão...
Mas a dor tem poder dilacerante...
Quando sob a pele - oculta navalha cortante
Rasgando profundo o coração...
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Se te afogas no mar das dificuldades
Nada encontra ao seu redor...
Nenhum sinal de um dia melhor...
Apenas avista adversidades...
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De fato, nada há a sua volta...
São enganos que preenchem a visão...
Lágrimas aos olhos embaçando a percepção...
Na verdade a Alma que é revolta...
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Um gomo dolorido na garganta entala,
Quando tenta engolir os prantos...
Esconde tuas dores pelos cantos:
Pois o choro tua voz cala!
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O olhar se perde no horizonte...
Esperando que algo venha... Em vão...
Mas os olhos não se cansam... Aguardam...
Que o Sol traga a seca à fronte...
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Num mundo onde o caos impera...
Cantam insistentes os passarinhos...
Aconchegam seus filhotes nos ninhos...
Livres do medo: cantando a Alma refrigera!
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O choro invade... Afoga... Então, clama!
Estendendo a mão não há onde segurar...
Afoga e transborda a chorar...
Vê-se no charco de lodo... Na lama...
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Continua com as mãos estendidas...
Acredite que o socorro virá!
Tempestades não são eternas: cessará!
Ninguém recebe com as mãos encolhidas!
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Todas as coisas que seus olhos alcançam
Desaparecerão no tempo determinado...
Persevera, mesmo que estagnado:
As Almas jamais se cansam!
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Enquanto choras, o mundo segue girando...
O rio segue seu percurso solitário...
Mas a vitória não é um desejo imaginário,
Para aqueles que continuam caminhando...
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-=Shimada Coelho=-
São Paulo, 30 de Abril de 2009.
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Sem sentido... Sem métrica... Só sentidos...
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Publicado no Recanto das Letras
Texto código T1580142
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