O blog não serve mais para publicar poesias e poemas novos: a página de autora e do livro Histórias de Fantasmas - O Jardim das Vidas Findas, no Facebook, fora excluídas. Eu cansei do plágio em todas as suas formas. Boas intenções nem sempre se revertem em boas atitudes... Nem sempre, quero dizer, na grande maioria das vezes... Publicar na internet era um modo de levar a poesia e a Arte Escrita sem que os leitores precisassem pagar por isso: publicar um livro é caro e quem acaba pagando é o leitor. Mas, quem não está nem aí pra isso e quer aparecer como escritor ou poeta, vai colhendo uma ideia ali, outra aqui para formar alguma coisa e depois dizer que seu talento, inspiração e reflexão geraram aquilo... Poderia manter assim, nesta falsa fachada de pensador, se a intenção não fosse publicar, ganhar dinheiro e ficar famosinho... A reflexão própria é tão boa que ainda não sabem que para ser eternizado pela História, é preciso ser naturalmente diferente, não famoso. E só a morte é que aponto quem de fato era diferente e talentoso, porque apenas o que é verdadeiro permanece...
Então, ta... O blog vai servir para que? Pra isto que estou fazendo agora... Um bate papo. Não, seria bate- papo se houvesse uma interação ao menos nos comentários... Um monólogo! Isso! Sem nenhuma pretensão de ser lida. Compreendo porque há tantas visualizações e nenhum compartilhamento, curtida ou comentário... A identificação faz com que apreciemos algo... É fato, caso contrário, eu não teria ido tão longe como escritora... E se é identificação, minha empatia diz que sentimentos e emoções semelhantes leem, se identificam em algum trecho pelo menos e não se manifestam porque devem estar no mesmo estado que eu: e meu real estado eu não anuncio aos quatro ventos a não ser que seja necessário.
E hoje, obedecendo a minha dependência e ao meu impulso nato de escrever, quero tocar em dois pontos que estão nos trechos anteriores... Como sempre, sua identificação estará nas entrelinhas, mas, irei apontar o que etá nas entrelinhas dos dois trechos anteriores...
No primeiro trecho está o desrespeito em uma de suas várias formas, o egoísmo e a dificuldade de alguém em reconhecer a capacidade do outro. No segundo está a compreensão profunda sobre os motivos dos outros. Pois bem... Vamos lá!
Eu não sei qual parte do "Estou muito cansada" ninguém consegue compreender. Eu sei que ninguém tem visão de Raio- X... Eu sei que é como minha mãe dizia: "Então por que não fala?". Entre as coisas que sei, há aquelas que não sei e não compreendo. Eu jamais subestimei a capacidade de absolutamente ninguém: todo mundo, cada um na face da Terra, nasce com um talento nato que o fará se destacar e mais ninguém será igual ou tão bom quanto. É assim que enxergo as pessoas. Isto criou uma ideia fixa de que todo mundo interpreta o mundo como eu. E precisei levar muita pancada da Vida para descobrir que não é assim, embora pudesse ser...
Meu universo pessoa possui leis, regras, chame como quiser. Eu as sigo a risca porque são resultado de profunda reflexão, análise, estudo, observação. Uma dela é que "Tudo o que for fazer, faça seu melhor". Eu não tenho que ser melhor que ninguém e nunca serei. Serei apenas diferente, só. Mas, em tudo o que eu fizer posso dar o máximo de mim, fazer muito bem feito, da melhor forma possível, seja para mim mesma, seja para outra pessoa. Eu não espero reconhecimento ou algo em troca. Espero que seja compreendido que, quando faço algo por alguém é um modo de interagir com este alguém. E quando interagimos, é no mesmo nível, ou, deveria ser segundo a educação e boas maneiras...
Um exemplo é que, não é hábito meu falar gíria ou palavras chulas. Mas, quando estou socializando e alguém que usa estas linguagens interage comigo, eu soltou uma gíria aqui, escapa uma palavra chula ali, porque neste momento estou me colocando diante do outro como igual. Da mesma forma, já conheci pessoas que em uma frase com dez palavras, oito são gírias, mas, ela anulava as gírias ao interagir comigo: porque ela estava se colocando no mesmo nível que eu, no sentido se colocar como igual. Não estou falando de criar uma fachada para impressionar ou posar de algo que não é. Estou falando do ato civilizado, carregado de empatia, de um sentimento que só tem quem realmente se importa com o outro e como o outro se sente consigo, interação humana, respeito, bons modos...Tudo isto não se manifesta apenas em interações sociais. Se manifesta em tudo o que fazemos, seja para nós mesmos, seja para o outro. Em tudo o que fazemos, mostramos quem de fato somos em todos os sentidos. Em tudo o que fazemos, é possível ver se a auto afirmação de amor próprio é fato ou apenas uma fachada para agradar aos outros, quer dizer, em tudo o que fazemos, pode-se ver se alguém realmente se ama a ponto de amar o outro...
Na minha idade, observando com rigorosa atenção absolutamente tudo neste mundo, eu cansei... Viver isolada se tornou minha melhor opção, visto que por muitos anos, me condicionaram a viver assim. Quando vi a portinha da gaiola aberta, não consegui sair... Porque ao obedecer minhas próprias regras, estipuladas para que eu possa me orientar neste mundo, sou mal interpretada... Quando você faz seu melhor, quando você se torna disponível, quando você se acostuma a estender a mão, as pessoas abusam disso. Elas nunca estão presentes quando você precisa, mas, de repente, elas aparecem agradando, fazendo você se sentir a última coca- cola gelada do deserto e você sabe que é porque ela está precisando de você para alguma coisa...
A total compreensão me leva a compreender porque as pessoas são assim. A compreensão anda de mãos dadas com a empatia... De tanto compreender, a compreensão se mistura ao melhor que posso fazer. As pessoas ultrapassam os limites do abuso, dá má interpretação de suas atitudes. De repente, passou dos limites da exploração. De repente, diante de você e de sua capacidade em ajudar/apoiar de alguma forma, seu tempo é roubado, sua privacidade invadida, sua rotina quebrada, seus projetos deixados de lado... De repente, a porta da gaiola ainda está aberta e você não voa porque continua sendo prisioneiro... O amor próprio que você julgava ter não existe, à partir do momento em que você se anula em prol do outro, graças a sua profunda compreensão e capacidade de ajudar o outro seja no que for...
A compreensão profunda desencadeia várias outras virtudes, mas também, amplia sua capacidade de enxergar e ler os outros. Em sua capacidade de fazer o melhor, você chama a atenção de quem sempre precisa de outra pessoa pra realizar algo e a frequência com que isto acontece, torna bem sólido um pensamento: "Vou deixar meu problema de lado porque posso resolver sozinha, mas, coitado do outro, sozinho não consegue, preciso ajudar". Não vemos que tudo isto nos anula, nos poda e nos estaciona no caminho... Ajudamos os outros a seguir e enquanto os empurramos - pouco ou muito - vamos ficando para trás... De repente, você não tem nada... Nada de nada... Todo seu melhor foi doado para as pessoas que passaram em seu caminho... Toda sua doação muitas vezes, vai em forma de Energia Vital... A Energia que você mais precisa para os momentos decisivos de sua Vida...
Certa vez, alguém me perguntou: "- Qual o propósito de prever, ter os preságios, se eles não são claros e portanto, nada pode ser feito a respeito?". Eu nunca soube a resposta e aliás, sempre me fiz a mesma pergunta... Hoje eu sei...
Noites atrás, repousei minha cabeça no travesseiro para dormir e "vi" um avião cair. Só "vi" ele caindo igual a uma fatia de pão com manteiga... Como se a gravidade sumisse, como se fosse arremessado feito a bola que batemos no chão... Foi uma cena muito rápida - fração de milésimos de segundos - e as únicas informações que a cena me dava era que caiu sobre rochas e era um avião pequeno, do tipo que executivos usam. Me perguntei novamente pra que ver isso ou se realmente vi algo... Talvez, eu sofra de alucinação... Não existe nenhum propósito para ver essas coisas. Até então, eu acreditava que estas cenas surgiam para vibrar por alguém que nunca sei quem é... Fiz isso, como faço desde a infância: vibrei positivamente seja lá para quem fosse e que o Universo fosse respeitado em seu ciclo natural sobre todas as coisas. Dormi horas depois com dificuldade, sabendo que um avião ia cair... No outro dia, não procurei saber se era fato ou alucinação... Notícia ruim corre rápido e ela passou por mim. De fato um avião havia caído...
Do que me serviu ver isso? É apenas parte do aprendizado... Cada vez que sua mente se amplia, mais você enxerga, aumenta seu campo de visão. Você se acostuma a "enxergar". Você vai se conectando cada vez mais com o Todo, torna-se elo de uma Grande Corrente por onde tudo passa... Há coisas que enxergamos, não quer dizer que devem ser ditas, não quer dizer que algo deve ser feito...
Sua compreensão profunda desencadeando outras virtudes que aprofundam ainda mais sua compreensão do outro, não significa que você realmente deve fazer seu melhor pelo outro... Enxergamos a ponto de tamanha compreensão apenas para compreender e aprender, só. Nem sempre temos que nos mover pelo outro. Nada, nenhuma virtude ou capacidade é válida sem o Discernimento. E o Discernimento diz que muitas vezes, estamos interferindo no ciclo de crescimento do outro.
Toda esta falação é para concluir que, ninguém é responsável por Hoje eu me sentir tão cansada. Não é fraqueza, é um cansaço absurdo! A única responsável sou eu! Eu deixei as pessoas mal acostumadas, porque eu não compreendi da maneira certa, eu não me movi no momento certo... Eu sou responsável pelo meu próprio cansaço, não culpada. Ninguém tem culpa de nada, só é responsável por algo...
Das suas uma: ou permito que me seja minado o resto de Energia que tenho, ou mudo minha postura... No momento, só sei que quando eu me recusar a me mover por alguém, não serei egoísta: egoísta é quem acha que sua própria necessidade é mais importante que o fluxo no Tempo/Espaço do outro... Quando eu não me pronunciar, expressar e demonstrar compreensão no dilema do outro, não é falta de empatia: é sensatez, um pouco de auto consideração, é respeito pelo ciclo de aprendizado do outro, é não subestimá-lo, é discernimento...
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