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terça-feira, 23 de agosto de 2022

"Shimada, você não vai mais publicar seus textos na internet?"

 Vocês fazem umas perguntas difíceis.... Hahahahaha!!! Tá, vamos lá!

Não publicarei mais nada meu na internet, a não ser que o Via Fanzine solicite: amo escrever para eles e seus leitores. Contos, crônicas, poemas, poesias não mais! Aliás, nem o texto que publiquei ontem (ou foi anteontem) eu não queria publicar.... "-Ah, por que Shimada?". Vou contar...Quando comecei a publicar meus textos na internet, em 2005, lá no Recanto das Letras, fiquei popular naquele site por dois motivos: discriminação e plágio!

A discriminação:

Em 2005 o site Recanto das Letras era procurado por escritores e poetas que realmente queriam se dedicar a Arte Escrita. Era um espaço para novos "talentos". Tanta gente falou na minha orelha que eu deveria publicar na internet, que considerei seguro publicar lá (e até hoje é um espaço seguro para publicações de textos, pois, há a proteção dos direitos autorais).

Eu havia recém chegado e estava sendo muito lida e comentada. Principalmente por pessoas aptas a fazer críticas literárias. O problema é que, como em qualquer lugar, virtual ou não, lá tinha uma "panelinha" constituída de pessoas bem mais velhas que eu, formadas em Línguas, Literatura e essas coisas: consideravam que o diploma delas as tornavam talentosas e habilitadas para serem escritores e poetas. Euzinha não tenho nenhuma formação. Aliás, euzinha detesto qualquer tipo de regra não apenas na Vida, no mundo, mas também na Arte: a verdadeira Arte é a expressão da Inspiração e esta é livre! Eu não queria saber se eu estava usando corretamente a métrica, nem as formas gramaticais, as regras de composição: não sou marcador de compasso, não sou editora, só quero me expressar! Mas.... a turma da "panelinha" não estava gostando de tanta gente indo me ler e comentar.... Começaram os ataques! Críticas bem negativas e pesadas, algumas ofensivas, esnobação, depreciação, apontamento do que seriam "erros imperdoáveis" para quem realmente tem o talento de escrever, portanto, queriam dizer que eu não tinha. É fácil pra mim ignorar certas coisas, mas, comecei a me perguntar se de fato, sendo eles formados estariam certos ao meu respeito... Talvez, eu fosse um verdadeiro fracasso literário! Havia um fórum onde a depreciação ganhava maior dimensão, visto que a "panelinha" junta se sentia forte e blindada. Foi quando profissionais também formados, mas, mestrados, doutorados, pós graduados, começaram a me defender. O próprio site desaprovou aquelas atitudes. Talvez, não tenho certeza, por isso o fórum acabou pouco tempos depois...

Aqueles profissionais realmente capacitados passaram a deixar comentários em alguns textos. Isto, exatamente isto, me motivou a continuar. Estes distintos profissionais percebiam o que eu tentava fazer.... Eu utilizo as coisas externas para falar das internas... eu uno psicologia/filosofia/física...eu adoro o recurso das metáforas... eu não sigo as regras, eu brinco e me divirto com as palavras, que são pra mim como os números são para um matemático! Eu respeito e devoto a Inspiração: me rendo a ela e permito que ela me use, sem me preocupar o quão ridícula, fora do padrão ou errada eu possa estar! Foi desta forma que surgiram grandes idéias, grandes descobertas, teorias revolucionadoras, novos conceitos, novas formas, novos caminhos, simplesmente o novo!

Não demorou muito para eu ser descoberta em um fórum de ufologia (ham ham). Sim meus preciosos leitores, Shimada pesquisa ufologia e casos de abdução! Pepe Chaves percebeu que meu jeito de escrever e expressar era diferente e apostou em mim! Assim, no Via Fanzine foi publicado meu primeiro de muitos artigos!

O plágio:

Enquanto isso, ainda no Recanto das Letras, começou uma onda de plágio: pseudos escritores estavam plagiando meus textos, um inclusive publicou um livro com um texto meu. Muitos leitores apareceram para apontar os plagiadores. Então, passei a ser conhecida ali como a mocinha que berrava nos quatro cantos da internet contra o plágio! Embora houvesse naquela época um recurso para buscar os textos plagiados, eu não tinha tempo para todo santo dia fiscalizar se alguém tinha me plagiado ou não. Foi quando parei de publicar no site que continua sendo muito bom e recomendo!

Então, me limitei a escrever apenas para o Via Fanzine e a republicar meus textos do Recanto aqui no blog, compartilhar no Facebook onde eu ficava divagando, delirando e filosofando com a barra de rolagem... Até que, em meio aqueles duelos umbigocêntricos sobre política, sobe isso, aquilo, sei lá mais o que, comecei a perceber algo estranho....

Há pessoas ali no Face que criam umas imagens com frases e colocam o próprio nome e bora compartilhar.... Estava achando muita coincidência que, as abobrinhas que eu ficava tagarelando ali, de repente apareciam nestas imagens com frases.... Só então me dei conta que eu tinha seguidores além dos amigos adicionados. Preciosos... Estavam plagiando os pensamentos que eu expressava no meu mural! Saco isso, né? As pessoas não contemplam, não meditam, não pesquisam, não pensam mas querem espalhar frases de impacto que não foram elas que criaram?

Lamentavelmente, há a lei contra o plágio de uma obra, mas, não contra a idéia! Não importa quantos processos seus pensamentos passaram para que você chegasse a uma conclusão, se você a expressa em qualquer espaço  virtual, vão tomar posse e utilizar como se fossem autores. Ai foi a gota d'água, né?

Até mesmo estas linhas, que é só uma resposta a perguntas recebidas, pode se tornar interessante para alguém que precisa de "conteúdo" para se destacar no mundo virtual. Gente vazia querendo parecer que tem conteúdo... Enfim...

Como Shimada não quer aparecer (caso contrário ficaria mostrando a face no VocêTube) e quer que seu trabalho seja visto.... Sigo eu aqui, escrevendo porque é isso que sempre fiz e sempre farei.

Minhas poesias, poemas e textos estão sendo editados para virarem livros. Não fico feliz com isso porque, o único livro que publiquei ficou horrível (é preciso uma lupa pra ler) e o valor que estão cobrando não corresponde a qualidade. Preferia quando eu podia publicar na internet e as pessoas podiam ler sem pagar nada.



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