Já faz um tempo que deixei Deus...
Lembro-me quando não consegui mais crer:
Quando deixer de acreditar no ser humano.
*
Mas, sei que estás em algum lugar...
E mesmo que eu tenha seguido para tão longe...
Mesmo que eu esteja mergulhada na escuridão,
Podes me ver,
Embora eu não enxergue mais nada:
Foram tantos caminhos,
Não vejo mais nenhum...
Me perdi...
*
Me dê um resto de força...
Não é para me erguer...
Nem para um próximo passo...
*
Não mereço, mas peço pela última injeção de força.
Não quero estar aqui quando este mundo morrer.
Não quero ver toda essa maravilha
Perder a cor e o brilho.
Este não é meu mundo,
Embora tenha me apegado a ele.
*
Dá-me só mais um pouco de força...
Já tentei arrancar meus olhos...
Já tentei me despir da pele...
Já tentei vazar os ouvidos...
Decepou-se minhas mãos caleijadas:
Não há mão para estender.
*
Por que poupaste minha vida tantas vezes?
Por que me livraste?
Por punição?
Pois hoje percebo que não passo de um espectro...
Um fantasma penado que assombra,
Sem ser percebido.
*
Hoje, este espírito imundo se deu conta,
De que já morreu a muito...
Não me lembro quando,
Mas sei que já morri,
E continuei aqui acreditando
Ainda estar viva.
*
Não temo o inferno:
Nasci merecedora dele.
Minha vida foi como aquelas areias
Que escorrem com pressa
Dentro da ampulheta.
*
Aqui jaz o inferno:
Os humanos transformaram o Paraíso.
*
A cada dia,
Eles perdem a humanidade,
E se transformam mais em demônios.
Poupa-me deste trágico fim!
*
Só mais um pouco de força,
Para que eu possa partir!
*
Deixe-me partir no vôo que sempre almejei...
Ou mata-me de vez!
Lembro-me quando não consegui mais crer:
Quando deixer de acreditar no ser humano.
*
Mas, sei que estás em algum lugar...
E mesmo que eu tenha seguido para tão longe...
Mesmo que eu esteja mergulhada na escuridão,
Podes me ver,
Embora eu não enxergue mais nada:
Foram tantos caminhos,
Não vejo mais nenhum...
Me perdi...
*
Me dê um resto de força...
Não é para me erguer...
Nem para um próximo passo...
*
Não mereço, mas peço pela última injeção de força.
Não quero estar aqui quando este mundo morrer.
Não quero ver toda essa maravilha
Perder a cor e o brilho.
Este não é meu mundo,
Embora tenha me apegado a ele.
*
Dá-me só mais um pouco de força...
Já tentei arrancar meus olhos...
Já tentei me despir da pele...
Já tentei vazar os ouvidos...
Decepou-se minhas mãos caleijadas:
Não há mão para estender.
*
Por que poupaste minha vida tantas vezes?
Por que me livraste?
Por punição?
Pois hoje percebo que não passo de um espectro...
Um fantasma penado que assombra,
Sem ser percebido.
*
Hoje, este espírito imundo se deu conta,
De que já morreu a muito...
Não me lembro quando,
Mas sei que já morri,
E continuei aqui acreditando
Ainda estar viva.
*
Não temo o inferno:
Nasci merecedora dele.
Minha vida foi como aquelas areias
Que escorrem com pressa
Dentro da ampulheta.
*
Aqui jaz o inferno:
Os humanos transformaram o Paraíso.
*
A cada dia,
Eles perdem a humanidade,
E se transformam mais em demônios.
Poupa-me deste trágico fim!
*
Só mais um pouco de força,
Para que eu possa partir!
*
Deixe-me partir no vôo que sempre almejei...
Ou mata-me de vez!
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-=Shimada Coelho=-
"Fui eu quem se fechou no muro, e se guardou lá fora...
Fui eu que num esforço se guardou da indiferença..."
Fui eu que num esforço se guardou da indiferença..."
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