Imagem disponível no Google, autor desconhecido
Pobre de mim que vou morrendo...
Por causa deste meu bel prazer...
Um dia, olhando o firmamento
Acreditei que podia escrever!
Sou mera guardiã de histórias...
De vidas que aqui neste solo jazem...
Eu sei de suas breves vitórias
Sei das dores que ainda trazem!
Nesta vereda somente escrava...
Que busca alimentar os esfomeados...
Cuja alma faminta brada
Pelas palavras dos antepassados!
Alguma coisa em que seja sinal...
Que lhes dê força e seja guia...
Que os redimem desse espinhal
Revelando a eterna aurora do dia!
Pobre de mim que vou querendo...
Costurando meus trapos...
Transformando- me em remendo!
Um dia, olhando o firmamento...
Para a humanidade quis ser...
Em modestas linhas, encantamento!
Alma Nua, São Paulo, 25 de Setembro de 2008, 22:38
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