Imagem: Foto do Arquivo pessoal de Shimada Coelho, autora da fotografia feita no Horto Florestal de Avaré.
Nuvens passageiras
Suaves em flocos brancos
Em danças silenciosas...
O som das corredeiras
Com tilintos discretos... Brandos...
Cantam as águas caudalosas...
Os abismos fazem ecos sonoros,
Das pedras que rolam das montanhas
Assistidos por vasto público: Cordilheiras...
Juntam-se os pássaros canoros
Cantando da Vida as façanhas
E choram de emoção as Cachoeiras...
O broto estica-se para alcançar o céu,
Na coreografia lenta... Desenrola-se... Lenta...
O broto sonha: um dia ser árvore frondosa...
A flor tímida se abre vagarosamente...
Amarela... Vermelha... Magenta...
Alfazema... Orquídea... Rosa...
O fruto desenvolve-se sem ser notado
E ganha tamanho e ganha forma,
Numa humildade gloriosa...
Os animais caminham por todo lado
Obedecendo a oculta norma,
Em harmonia majestosa...
O riso das crianças complementa
E elas seguem pulando em meio a tudo
É nelas que a Vida principia...
Rodopiam e com elas o vento, venta...
Um Esquilo observa e fica mudo:
Cena rara ali se via...
O Sol, holofote gigantesco...
Destaca e evidência tudo que possui valor:
Tudo é de imensa preciosidade...
Cenário realista e pitoresco
Retratam com a existência o Amor:
O Amor é a própria Eternidade!
A Lua alva aparece de dia
Pois sabe que o espetáculo não pára:
Nem só a noite há brilho, encanto e mágica...
Nada de fato possui alogia,
Toda manifestação é sempre rara:
A Lua sem seu brilho não se faz trágica...
As estrelas também assistem distantes...
Só não se pode vê-las brilhar...
Pois agora as estrelas não estão no céu,
Estão sobre os campos verdejantes,
No vôo ou nos peixes a nadar
Preenchidos por Ar: transparente véu...
As árvores, enormes chocalhos,
Acrescentam deliciosa percussão
Com os galhos rangendo em melodia...
O vento faz sons, mas não pega atalhos...
Agudos como dores no coração
Que bate o compasso da sinfonia...
Os filhotes brincam e os adultos
Apreciam a orquestra natural
Colaborando com os seus sons...
Cada um devotando em cultos
É de todos o direito autoral:
Obra perfeita em sons e tons...
Eis constante a Sinfonia da Vida
Celebrando a existência em cada ser
Correndo nas veias, em rios ou em caminhos...
Para o Universo é a canção preferida
Vibrando intensa de manhã ao anoitecer,
Seja numa grande montanha ou em ninhos de passarinhos...
São Paulo, 22 de Fevereiro de 2009.
-=Shimada Coelho=- Todos os Direitos Reservados
Corporight© 2009
Nota: Disponível em Áudio
Suaves em flocos brancos
Em danças silenciosas...
O som das corredeiras
Com tilintos discretos... Brandos...
Cantam as águas caudalosas...
Os abismos fazem ecos sonoros,
Das pedras que rolam das montanhas
Assistidos por vasto público: Cordilheiras...
Juntam-se os pássaros canoros
Cantando da Vida as façanhas
E choram de emoção as Cachoeiras...
O broto estica-se para alcançar o céu,
Na coreografia lenta... Desenrola-se... Lenta...
O broto sonha: um dia ser árvore frondosa...
A flor tímida se abre vagarosamente...
Amarela... Vermelha... Magenta...
Alfazema... Orquídea... Rosa...
O fruto desenvolve-se sem ser notado
E ganha tamanho e ganha forma,
Numa humildade gloriosa...
Os animais caminham por todo lado
Obedecendo a oculta norma,
Em harmonia majestosa...
O riso das crianças complementa
E elas seguem pulando em meio a tudo
É nelas que a Vida principia...
Rodopiam e com elas o vento, venta...
Um Esquilo observa e fica mudo:
Cena rara ali se via...
O Sol, holofote gigantesco...
Destaca e evidência tudo que possui valor:
Tudo é de imensa preciosidade...
Cenário realista e pitoresco
Retratam com a existência o Amor:
O Amor é a própria Eternidade!
A Lua alva aparece de dia
Pois sabe que o espetáculo não pára:
Nem só a noite há brilho, encanto e mágica...
Nada de fato possui alogia,
Toda manifestação é sempre rara:
A Lua sem seu brilho não se faz trágica...
As estrelas também assistem distantes...
Só não se pode vê-las brilhar...
Pois agora as estrelas não estão no céu,
Estão sobre os campos verdejantes,
No vôo ou nos peixes a nadar
Preenchidos por Ar: transparente véu...
As árvores, enormes chocalhos,
Acrescentam deliciosa percussão
Com os galhos rangendo em melodia...
O vento faz sons, mas não pega atalhos...
Agudos como dores no coração
Que bate o compasso da sinfonia...
Os filhotes brincam e os adultos
Apreciam a orquestra natural
Colaborando com os seus sons...
Cada um devotando em cultos
É de todos o direito autoral:
Obra perfeita em sons e tons...
Eis constante a Sinfonia da Vida
Celebrando a existência em cada ser
Correndo nas veias, em rios ou em caminhos...
Para o Universo é a canção preferida
Vibrando intensa de manhã ao anoitecer,
Seja numa grande montanha ou em ninhos de passarinhos...
São Paulo, 22 de Fevereiro de 2009.
-=Shimada Coelho=- Todos os Direitos Reservados
Corporight© 2009
Nota: Disponível em Áudio
Sinfonia da Vida by Shimada Coelho is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
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