Dizem ser ela um ser fantástico com poderes sobrenaturais,
Benfazeja tão bela, encanta sem fazer encantamento...
Outros dizem que domina as Artes Mágicas e destaca-se entre os normais,
Irradia, feito braseiro de barro sem precisar invocar nada em nenhum momento...
Há ainda quem acredite que move-se pela inspiração Divina,
E quem pense que seja intermediária dos vivos, dos mortos e dos vivos mortos...
Ela não se importa - se anjo caído - só segue a cumprir a própria cina,
Já cansada de tantas estradas, cambeleiam os passos dos pés tortos...
Em sua vida mesmo nenhum sofrimento pode abalá-la por certo,
Mas o espinho que esconde-se sob a pele não cicatriza nunca a ferida...
Pois sofre profundo pelas vidas errantes - vidas áridas feito deserto -
Sofre ainda mais quando tentando ajudar não é ouvida...
Nascida de parto natural, concebida pelo sobrenatural...
Cansada das máscaras, das tantas mentiras que retocam as vãs vaidades...
Cumprindo a duras penas sua pena no Reino Normal,
Discursa na praça verdades infames que chamam de insanidades...
Nem questiona mais tantos passos largos, olhares vagos, de tão longe vinda,
Tal qual feito chuva em queda na terra - logo retorna ao céu...
E quando se pensa que após tantas idas a estrada se finda,
Resta-lhe ainda a árdua penitencia - levantar véu por véu...
Em vôos rasantes, passeios constantes...Transcendental...
Lendo as faces e corpos, objetos fúteis sem sair de seu clausúlo...
Sua primeira escolha traçou seu destino - flagelo corporal -
Borboleta encantada aguardando o momento de sair do casulo!
A Enforcada de Shimada Coelho é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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