Eu não sou de fazer muitas manifestações quando alguém morre. Deve ser porque apesar da minha idade, eu ainda não consiga processar a ponto de compreender a Morte. Nunca vou compreender como uma pessoa está aqui e de repente, não está mais. É diferente quando alguém faz parte de nossa vida e deixa de fazer: algumas pessoas passam pelo nosso caminho e outras ficam. As que passam sempre sabemos o motivo que as levam embora... As que ficam achamos que sempre ficarão mas, de repente partem e pra onde não sabemos. Mas, afinal de contas: não morremos um pouco a cada dia? Ou não morremos e renascemos a cada dia? Quem vive desconhece a Morte: mesmo morrendo o importante é nunca ter perdido a Vida!!!

Várias e várias vezes vi na rede pessoas expressando repúdio com deboche (não sei se sem querer querendo) a todos aqueles que apreciam o trabalho de Roberto Bolaños... E estas mesmas pessoas nunca se deram ao trabalho de questionar como uma série tão repetitiva de efeitos especiais e figurinos ultrapassados conseguiu atravessar o tempo e se manter um sucesso. A mente super criativa de Bolaños era algo muito além do que seu personagem mais importante demonstrava ser embora este, seja completamente a sua mais pura essência...Criticavam como se Chaves fosse estes sucessos instantâneos que surgem do nada e do nada se vão mas, Chaves, mesmo com seus episódios repetidos, conseguiam (e consegue) fazer as pessoas rir como se estivessem assistindo pela primeira vez. Talvez porque só consegue rir aquelas pessoas que não se importam com a presença de sua criança interior. Talvez, tenhamos nos apegado a uma criança crescida que muitos de nós não tem coragem de assumir.
Bolaños foi uma segunda chance dada ao mundo depois de Chaplin em um mundo carente de amor e empatia, tolerância e bondade. Enquanto o humor ignorante apela para a depreciação e desgraça alheia, caras/peitos/bundas, revelando total desprezo com a atual condição humana, Chaves veio tocar em assuntos importantes de nossa realidade com o único apelo capaz de mover as pessoas: a emoção! E sabe? É preciso ser muito humano pra ser tocado na emoção!
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Era uma vez uma vila no México onde viviam muitas pessoas problemáticas mas, a que mais tinha problemas era a mais alegre e otimista.
Que possamos permitir que nossa criança interior saia da caverna onde a aprisionamos. Que o adulto que nos tornamos não continue ensinando que ser criança é um curto período da Vida. Isso! Isso! Isso! Zaz! Zaz! - Shimada Coelho - 29/11/2014

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