Pessoas são produtos em prateleiras comunitárias?
Com seus rótulos, valores, formas, cores, tamanhos e utilidades
São ora mercadorias, ora humanos - gerados por suas realidades imaginárias -
Apegando-se às suas imagens, reafirmando-se com futilidades.
Se mercadorias, são sanguessugas que se corrompem por baixo lucro...
Se humanos, doam-se tanto que as reservas transformam-se em carência...
Mercadorias nem sempre possuem conteúdo ou são como um sepulcro,
Humanos são fontes,mas, esvaziam-se quando focam-se na aparência...
Os rótulos se soltam, valores não correspondem, formas mudam...
Cores desbotam, tamanhos nem sempre cabem, o que de fato é útil?
Com foco no externo, o Ego se farta tonando-se obeso - nele se afundam -
São meras embalagens tornando o viver algo tão fútil...
Inertes nas prateleiras, ansiando que o passante desperte interesse
E recebam um toque, sejam avaliados, para provável aprovação:
"Quem sabe cabe? Quem sabe serve?" - subjuga-se a entretece
Se julgados pela aparência - varia a utilidade - pode haver rejeição...
Corredores infinitos com prateleiras enfileiradas
Zona de conforto para quem espera que alguém surja e dali seja levado...
Ao apagar e acender das luzes são meros objetos pelo Tempo empoeirados...
Meros 'utensílios', descartáveis, com prazo de validade determinado...
Embalagens de Shimada Coelho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
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