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terça-feira, 23 de abril de 2024

Minhas mais sinceras desculpas!

 "Eu creio que a bondade do mundo vai me ajudar a chegar lá!
Cris



Bom dia precioses que realmente amo! (se não amasse, pode ter certeza que ficaria apenas no 'bom dia')

Quero me desculpar em ter despertando tanta preocupação às minhas amigas eternas Rê e Cris: não subestimei a inteligencia de vocês, só achei que saberia ao menos uma vez na Vida, mentir. Até nisso fui um fracasso esta noite...

Desculpas ao Gé e ao Reginaldo que sei o quanto sentem por mim: meus amorzinhos.

Vamos direto ao ponto: estava à pouco mais de três semana suportando a dor interna. Eu a tenha desde a infância. Para muitas pessoas, ela se chama depressão. Para mim se chama hiper empatia, o que irá desencadear depressão. A dor interna é inexplicável. Eu que estudo por toda Vida a Psicanálise, constato sempre, que nem sempre é um assunto inacabado em nossas Vidas, oculto no mais profundo de nosso ser. Quando esta dor vem derivada da depressão, pegamos aquela 'nata', nossos dilemas mais evidentes, e usamos como justificativa para a dor. Nosso consciente mergulhado em dor precisa de uma desculpa para a explicar sua presença.A bem verdade é que, normalmente, a dor é exatamente como é relatada: "vem aguda lá do fundo", o que significa que é algo guardado.

O hiper empático sente as dores do mundo: não espero que você compreenda isso. Daí, meu isolamento social se dá para sentir o mínimo desta dor. Quando um hiper empático passa por alguém na rua e olha seu semblante, é como se lesse todos os seus pensamentos e sentimentos naquele momento. Quando olha uma foto no Instagram, tem certeza de que aquele momento registrado foi 'representado'. O hiper empático é confundido com bruxas, médiuns, sensitivos e videntes: é apenas hiper empatia além do padrão normal, nada de sobrenatural. O modo como uma pessoa publica um post diz tanto quanto ouvir sua voz e analisar sua expressão...

Eu sou um ser humano como qualquer outro: eu sangro, sou frágil, sinto como qualquer um. Não sou auto suficiente. Sei suportar a dor por meses e anos, até que, chega um momento que ela se libera e cada vez que volta, volta mais forte e eu, devo me esforçar pra ser mais forte que ela. (olhando desta forma, não é um processo ruim, né verdade?)

Sofri durante a Vida com uma doença neurológica, que provavelmente é devido a minha condição neurológica. Somado as adversidades e vivências da vida - que não foram poucas, nem leves - outras patologias surgiram e, às vezes, as crises de todas as formas são inevitáveis: não esta sob meu controle e nem as medicações surtem efeito.

O afastamento das redes não se dá apenas por causa do meu isolamento social em off... A falação e só a falação já encheu: palavras sem atitudes são apenas palavras... o que deveria unir, entreter, somar, potencializa o que TODOS que, na verdade, buscam refúgio na internet sofrem e não confrontam...

Ver a conserva postar a foto do seu energético chamado 'cháfé', não esconde que ela é porca, relaxada, e tudo em sua casa é de puro mal gosto - por isso ela não mostra, mas é tolerável. A outra que fica de indiretinha pra macho, sendo casada, confunde a ponto de não sabermos se ela fala d marido ou do conversante. Ou o grupo que mal ingere informação mas, dá a sua 'opinião' porque hoje em dia, não é legal ser descolado, é legal 'parecer' inteligente, também é suportável. Nem falo de quem fica postando pic como se vivesse a frase da imagem...(meus olhos já se contorceram pra cima)

O que não é suportável é ver toda essa porcaria, aparecendo aos montes em meio informações relevantes e importantes para o Bem Comum: essas pessoas citadas só olham o o próprio umbigo com acúmulo se massa fétida, possuem imenso problema de auto estima e não são apenas falsas, também são bem hipócritas.

A última vez que tive uma crise deste nível foi quando após dois anos, pré fim de casamento, meu ex estava quase me enlouquecendo. Antes desta, houve outra na época do finado Orkut e esta foi realmente relevante e compreensível. 

Eu trocava mensagens com a PF, enviando denúncias de pedófilos: eu os caçava rede à fora. Eu usava um perfil fake e agia voluntariamente, ainda mais com o Orkut cheio de falhas de segurança, sendo possível printar provas nas mensagens privadas. Às vezes, navegava em salas de bate papo ou grupos, me passando por menor de idade como isca... Entre um email e outro a PF sempre deixou claro a necessidade da comoção pública pela Regulamentação da Internet: crimes online são sinal de crimes offline ou de pessoas totalmente doentes. Eu e o grupo ao qual fazia parte, começamos uma campanha pela Regulamentação: incrível como ninguém queria a obrigação de colocar nome real e rosto em perfis (uma prova óbvia da não aceitação de si mesmos)... Minha última atividade foi quando recebi uma denúncia de pedofilia: de todas as imagens que vi, aquela se tornou um pesadelo por muitos anos. Uma criança foi presa a um cavalete de exercício e deflorada... A imagem era antiga, portanto, difícil o rastreamento, mas, o link da origem da imagem, favoreceu encontrar uma rede de pornografia infantil. Naquele momento, desisti do ativismo: fosse ambiental, fosse social...

Fiquei uns anos sem acessar a internet  e quando retornei, foi para o Facebook. Eu saio do ativismo mas, ele não sai de mim: quando dei por mim, era administradora de grupos de autismo, disso, daquilo.......Pra mim, não existe causa específica, não existe uma única bandeira: existe a contribuição para o Bem Comum. Não preciso ser negra, deficiente, LGBT+, umbandista, isto ou aquilo para ter empatia por uma causa... E sem perceber, estava eu novamente envolvida no ciber ativismo. 

Ao contrário do que se pensa, o ciber ativismo  não é ficar matracando na rede o que todo mundo sabe e repete. Uma coisa é quando os profissionais da informação estão publicando informação. Os ciber ativistas estão chamando a atenção para questões importantes que ninguém sabe ou não quer saber, além de conscientizar para que cada um possa, segundo seus recursos, apoiar financeiramente quem está lá, no olho do furacão.

Eu conheço a Deep Web, sei que há conteúdo de lá tragos para cá onde há usuários "comuns"... Eu já vi de tudo de mais absurdo possa existir, simulado ou não e nada será mais brutal do que a realidade nua e crua.

Meus olhos se acostumaram as consequências da guerra... Mas, há a hiper empatia...Quando ví um pai de família carregando uma sacola, e tirando de dentro pedaços dos corpos do que conseguiu recolher de sua família, sendo uma postagem que surgiu em meio a uma discussão sobre BBB.... Não foi impotência o que eu senti... Senti que a Humanidade errou, erra e é um caso perdido. Alguém ajudar um animal na Natureza, é o mínimo que o ser humano deveria fazer pela Natureza... Além da guerra agredir o planeta, extermina a própria espécie e não apenas quem está lá, no meio da guerra.... Observo onde as pessoas canalizam seus focos... Enquanto isso, Vidas são violadas, ceifadas e ninguém vê, porque pelo visto, ninguém se importa. Oferecer um prato de sopa, apenas acalma a consciência de quem curte um churrasco à beira da piscina....Doar roupas e um cobertor no inverno para um morador de rua, não muda a realidade dele: apenas aplaca o frio.

Embora eu tenha uma tremenda aversão à religião, não condeno quem segue uma: a bem verdade é que, todos nós sem exceção precisamos de algo onde se segurar, algo que dê sentido a tudo, algo que alimente a esperança e os sonhos. Mas, quando não se tem uma religião, o que resta? As plantinhas e a Lupita, porque este planeta que nos recebeu tão generosamente não é nosso, é deles.

A incapacidade humana de cessar um genocídio enquanto o mundo todo assisti, é acostumar os olhos a destruição e banalizar o sofrimento, a violência, a destruição e a morte. Vocês, precioses, acham que estou sofrendo por contas pra pagar, por fome, por ter perdido tudo? Isso não é nada perto do que centenas de pessoas pelo mundo - inclusive aqui - estão sofrendo.

Se importar, não é entrar em depressão, vitimismo por causa da intensa fragilidade emocional que possuí,ou fazer da Vida um palco onde se representa um indivíduo com Vida plena, fingir ou assumir que o olhar é limitado a apenas sua vidazinha dentro de sua área de conforto onde julga que tudo está sobre controle - e está porque oh vidazinha vazia - e o resto que se dane e cada um com seus problemas (ou a nova: cada um que lute) ... Se importar é estar vivo e se compadecer pelo outro!

"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."

William Shakespeare


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