Ninguém vê...
E só agora entendo
E sinceramente, lamento...
Eu também não vi.
Não vi a luz solitária mergulhada na escuridão
Nem as lágrimas que rolavam quentes
Que tua mente era além das outras mentes
Nem a dor latejando no coração
Não vi...
Não vi os pensamentos perdidos
Atropelando-se entre entre planos e memórias
A frustração da ausência da vitória
Os sonhos que nunca foram esquecidos
Não vi...
Não vi os rasgos precisando de emenda
Das sutis trincas tornando-se rachaduras
De instantâneas alegrias guardadas em molduras
Nem dos trapos guardados para remenda
Também não vi...
Não vi a rainha descoroada
A praga... a decepção... a raiva... Dilacerante
Trocada por tão inexperiente amante
A honra sendo envergonhada
Não vi...
Não vi a rejeição dada de presente
Com mágoas ergueu uma muralha
Sem conseguir esquecer de cada abalo,nenhuma falha
Pouco a pouco apagou-se e ficou ausente...
Só então vi...
Que nenhuma história tem um fim
E que no vazio o fantasma reprisa
Causando arrepio de fria brisa
E se entende porque foi assim...
Os dois olhos sempre podem ver
Mas somente com a percepção
Pode enxergar um coração
E o mais profundo do Ser...
E vi...
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