Um estranho bateu a porta,
A educação mandou atender...
Poderia ter feito como sempre fiz:
Nem responder e ignorar fechando a porta!
É muita ousadia tirar-me de minha quietude...
Nós nos enganamos sempre...
Estamos sempre nos enganando e assim é:
A realidade é ilusão, tudo é vão, nada é verdadeiro.
Como poderia ser verdadeiro alguma coisa se tudo,
Absolutamente tudo passa...
Na quietude do meu mundo
O que mais posso querer?
Uma ilha sempre será ilha...
Por que mostrar o mundo novo
Para depois escorraça-la dele?
Maldade, talvez?
Do lado de fora nada é real,
Nada é encantador,
As cores são mera ilusão,
Sentimentos e emoções
Meras reações químicas
Da máquina de carne e sangue...
No meu mundo estou segura...
Segura do ciclo vicioso de decepções...
Da prisão neste loop de Tempo
Que muda cenários,
Muda rostos,
Muda estações,
Mas, tudo continua tão igual...
A ação resultou na mesmice...
Tente ser qualquer um,
Será tratado como qualquer um!
Deus não existe?
Consequentemente nada existe!
E o que sou eu guardo...
Mantenho seguro no meu mundo
Ali sim tudo é real!
Do lado de fora
Tudo é mentira...
Tudo é falso...
Porque nada é real!
Nada existe...
Tudo é mera fantasia da mente de cada um...
Cada um...
Isto também é mentira:
Você está sozinho
Criando uma suposta realidade...
Se nada existe,
Guardo então o que me é mais intenso,
Verdadeiro,
Real,
Precioso...
E do lado de fora
É onde se despeja a frieza
A indiferença,
O pouco caso...
A ostra vez ou outra se abre...
Logo se fecha:
Tempo suficiente para receber mais um grão,
Para gerar novamente mais dor...
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