Lentamente...
Já faz alguns dias...
Tudo o que tinha para me apegar era a Arte...
A Inspiração ameaça dar-me ás costas:
Acontece ás vezes... Faz parte...
Há o período para fluir...
Há o período para se fechar...
Mas, a Inspiração não tem como permanecer...
Se não se enxerga mais encanto,
Se não há em que se inspirar,
Se não há mais motivos para o canto,
Muito menos para respirar...
O poeta, então, começa a esmaecer...
A Inspiração não falará mais...
Porque não haverá mais frequência
Impossibilitando a comunicação:
Telepática!
Fica a sensação intensa de 'nunca'... 'Jamais'...
Fica a incapacidade da eloquência...
Esvazia-se mente... Alma... Coração:
Abate- se pragmática...
Um poeta não se auto destrói
Nem sofre de imenso vazio...
Um poeta possuí uma clareza que corrói...
É tão repleto - constante vulcão em erupção -
Cada véu que cai é corda bamba
Deixando- o não há um passo:
Há um fio...
Como panela de pressão que expele a tampa,
Como eterno Universo em expansão...
Vinho para aquecer do frio do inverno
Pois, já basta o frio da Morte que se aproxima...
Barbitúricos - veneno legalizado -
Para quem sabe cair em um sono eterno....
Quem sabe depois haverá deixado um legado...
E tudo será apenas apenas a banal sina...
Expirado de Shimada Coelho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
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