Vivo uma relação de amor e ódio por pessoas. Calma! Eu explico isso, não me compreenda mal de imediato!
Eu olho para pessoas como se fossem planetas andantes por ai... E observo cada um para enxergá-las! Olhar, ver, enxergar para mim são ações distintas... (É por isso que muitas vezes você sente que ninguém te vê: ver, vê... só não te enxerga! Te olhar, te olham, mas, não te enxergam.)
O interior das pessoas é capaz de despertar o mesmo encanto que a observação da Natureza com toda sua detalhista beleza é capaz de despertar... "Cada pessoa é única!" tornou-se uma frase clichê, mas, ela possuí um profundo senso filosófico sobre a existência de cada um!
Através do estudo do comportamento, planetas, mundos incríveis são observados! Mas, também observado como tantos e tantos planetas rejeitam sua própria formação, essência, aquilo que o torna único... Esta parte da observação não é nada agradável...
Enquanto vocês vivem a quarentena por causa de um vírus, eu vivo em isolamento há décadas por vários motivos: um deles é evitar observar as pessoas. É automático, espontâneo e eu manteria isso se não fossem tantas e tantas pessoas se auto moldando para se transformarem no que é ilusoriamente aceito, sendo que o que agrada mesmo é o que te difere dos outros... Ninguém gosta da mesmice: nem das rotinas massantes de uma quarentena, nem de pessoas previsíveis que tentam ser iguais as outras...
Os grandes eventos de Moda são vistos por seus envolvidos como Arte também... Por isso vemos aqueles trajes ridículos que ninguém usaria para ir trabalhar ou para ir a uma festa! Para leigos, as semanas da Moda são apenas as últimas tendências para que todos saiam as ruas vestidos com as mesmas cores e os mesmos modelos... Para quem dita a Moda é Expressão!
Até seu modo de vestir agrada o prisma do behaviorismo! O modo como você se veste dita sua expressão e você expressa quem você é! Ou deveria ser isto se todo mundo não se confundisse na multidão por estarem todos com cortes de cabelos, cores, modelos tão semelhantes... O punk, o dark, o gótico, o hippie, o cosplay, o metaleiro, o excessivamente tatuado chocam ao olhar porque na verdade destacam-se: são diferentes no mar de iguais! Ainda assim, estes, expressam-se iguais ao bando/grupo/tribo a que pertencem pelo mesmo motivo que aqueles no mar de gente tão igual. E é tanta gente querendo ser aceita assim como é, querendo ser enxergada, ao menos percebida, mas, ao mesmo tempo, tentando ser igual aos outros... Esta controvérsia é que me desperta a oscilação amor e ódio...
Mesmo no seu estilo tão igual ao de tanta gente, haverá um detalhe que dita que você não é igual: seja uma cor preferida que foge a tendência, seja sua crença de que a cor varia conforme o humor, seja frio ou calor excessivos em alguma parte do corpo, seja aquele repetitivo acessório, seja sua ideia de praticidade... Tudo em você é reflexo do que está dentro de você!
Para finalizar meu delírio, o que quero dizer mesmo é que, ser igual, semelhante, não é usar a capa ou a máscara que todo mundo usa! Somos todos iguais como espécie bípede, mamíferos, pertencentes a raça humana! E o que te torna diferente não é a cor da sua pele, sua crença, sua opção sexual, a tribo a que pertence... É o planeta que você é!!!
Tantos Mundos... de Shimada Coelho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja Bem vindo!
Obrigada por comentar!