Eu nunca analiso pessoas com quem eu tenha um forte vínculo afetivo, principalmente namorados. Será que, se eu mudasse isso, sofreria menos, me decepcionaria menos? Mas, afinal de contas, quem eu penso ser? E se sou eu quem faço sofrer ou quem decepciono?
Uma coisa é o outro usar esta técnica de mudar a posição na discussão da relação, outra são fatos. Sou capaz de confessar que o mesmo sofrimento, decepção e rejeição que sofri, também posso ter cometido.
Quando faço uma análise, é como descascar uma cebola, tirando camada por camada para chegar ao inconsciente da pessoa. O que fica na superfície nos engana muitas vezes...Absolutamente tudo é consequência de algo... Na mentira contada, um motivo se oculta no inconsciente, normalmente relacionado a algum medo ou profunda insegurança. Na ilusão despertada, apenas a necessidade de sentir-se importante, grande, desejável.
A maldade também sobrevive de reciprocidade. E de repente, me dou conta de quantas vezes fui injusta com alguém. Se a injustiça veio sobre mim, não será uma consequência da injustiça que um dia cometi? É mais fácil amar todos do que odiar todos,independente de nossos conceitos pessoais. É melhor fazer o outro sorrir do que fazê-lo chorar, sem levar em consideração o merecimento ou não.
Clamamos por justiça e somos tão injustos.Vivemos convencendo o outro de que está errado para que nós possamos nos sentir certos e aplacar o peso da consciência. Certo e errado, certo ou errado... Isso de fato existe?
Existe o modo como queremos que tudo seja!
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